Dona
Marluce Quadros Vieira Lima. O nome não é desconhecido do meio político baiano.
Matriarca da família Vieira Lima, o nome dela já aparecia, nas conversas de
bastidores, como uma das próximas a ser lembrada nos inquéritos da Polícia
Federal. Com o apartamento alvo de busca e apreensão no mesmo dia em que o
filho Geddel foi preso pela segunda vez, era certo que Marluce seria citada
pela PF. As expectativas se confirmaram nesta terça-feira (28).
O
relatório da PF sobre o bunker com R$ 51 milhões, a maior apreensão em dinheiro
vivo da história corporação, sugere que a matriarca tinha papel importante no
esquema de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Era num closet no
apartamento dela que parte do dinheiro vivo era armazenado e contabilizado.
Coube ao ex-assessor para assuntos diversos da família, Job Brandão, detalhar
como funcionava a lógica da “grande família” baiana.
Dona
Marluce recebia parte dos salários devolvidos de Job e armazenava no closet.
Veio dela, em conjunto com Geddel e Lúcio, a ordem para que documentos que
poderiam comprometer a família fossem destruídos durante o período em que o
ministro ficou em prisão domiciliar – entre julho, quando foi preso pela
primeira vez, e setembro, quando as imagens das malas de dinheiro chocaram o
país. Próxima dos 80 anos, a matriarca bradou, logo após a segunda prisão que o
filho, Geddel, “não era bandido”.
Não foi
isso que concluiu o inquérito da PF. E, segundo a própria corporação, a
associação criminosa não ficou restrita ao ex-ministro. Dona Marluce, Geddel e
Lúcio estão juntos, como uma grande família. Que inclui Job Brandão e Gustavo
Ferraz como primos distantes. Este trecho integra o comentário desta
quarta-feira (29) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para as
rádios Irecê Líder FM e Clube FM.