Ibope divulgada nesta terça-feira, 23, traz duas más notícias
ao candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro,
além da redução de sua vantagem sobre Fernando Haddad (PT) de 18 para 14 pontos
porcentuais. O instituto de pesquisas aponta um aumento na rejeição a
Bolsonaro, isto é, no número de eleitores que não votariam nele de jeito
nenhum, e diminuição no porcentual de eleitores que com certeza votariam no
capitão reformado do Exército.
Segundo o
instituto de pesquisas, descartaram votar no pesselista 40% do eleitorado,
número que era de 35% no levantamento anterior, divulgado em 15 de outubro.
Quanto à certeza de voto, o porcentual passou de 41% para 37%. A margem de erro
da pesquisa Ibope é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos.
A rejeição a
Jair Bolsonaro, que estava 12 pontos porcentuais abaixo da de Haddad há uma
semana, agora tem apenas um ponto porcentual a menos. O petista era rejeitado
por 47% dos eleitores, índice que foi a 41%. O número dos que declaram votar
com certeza no ex-prefeito de São Paulo passou de 28% para 31%.
Responderam que
poderiam votar em Bolsonaro 11% dos eleitores, índice que é de 12% para Haddad.
Os que não conhecem os candidatos o suficiente para opinar são 11% para o
deputado federal e 14% para o ex-prefeito. Eleitores que não sabem ou
preferiram não opinar somam 2% para ambos.
Líder das
pesquisas de intenção de voto válido no segundo turno, com 53% no Ibope, Jair
Bolsonaro passou por desgaste nos últimos dias, após vir à tona um vídeo em que
seu filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal reeleito por São Paulo, declarou
que bastam “um soldado e um cabo” para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF).
Diante da
repercussão negativa e das manifestações de ao menos cinco ministros do STF,
incluindo o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, o presidenciável
desautorizou a afirmação de Eduardo e enviou uma carta ao decano do Supremo,
ministro Celso de Mello, em que afirma que o “Supremo Tribunal Federal é o
guardião da Constituição e todos temos de prestigiar a Corte”. Mello havia
classificado a afirmação de Eduardo Bolsonaro como “inconsequente e golpista”.
No último
domingo, 21, Jair Bolsonaro também deu declarações polêmicas. Em uma transmissão
via celular para um ato em seu favor que ocorria na Avenida Paulista, em São
Paulo, o candidato falou, em referência aos petistas, que “ou vão pra fora ou
vão para a cadeia. Esses marginais vermelhos serão banidos de nossa pátria”.