A intervenção
das tropas de choque gerou uso de gás lacrimogêneo, e cenas de correria em meio
à festa.
A imensa festa
que levou milhões de pessoas às ruas e atravessou a noite em Paris e nas
principais cidades do país pela vitória da França na Copa do Mundo da Rússia,
cujo bicampeonato mundial da seleção francesa foi garantido com vitória por 4 a
2 sobre a Croácia, domingo, em Moscou, deixou duas pessoas mortas, confrontos
entre a polícia e torcedores violentos e algumas lojas e mobiliário urbano
depredado.
O balanço do
"lado B" da comemoração foi divulgado nesta manhã de segunda-feira
pelo Ministério do Interior, que respirou aliviado pela ausência de incidentes
maiores - em especial ataques terroristas. Ainda assim, duas tragédias pessoais
aconteceram em Saint-Félix, na região de Oise, onde um motorista que comemorava
a vitória bateu contra uma árvore e morreu, e em Annecy, em Haute-Savoie, onde
um aposentado mergulhou em um canal de baixa profundidade e não resistiu aos
ferimentos.
Um dos destaques
negativos da festa foram as imagens de "casseurs", os
"quebradores", grupos de black blocs franceses que, em meio à festa,
atacaram a polícia e alguns estabelecimentos comerciais. Em , as vitrines da
Publicis Drugstore, uma loja situada junto ao Arco do Triunfo, foram
depredadas.
A intervenção
das tropas de choque gerou uso de gás lacrimogêneo, e cenas de correria em meio
à festa. Ao todo 292 pessoas foram detidas e responderão à Justiça, e 45
policiais civis e militares foram feridos, mas nenhum com gravidade.
Os efeitos
colaterais da festa da vitória eram temidos pelo Ministério do Interior, que
mobilizou 12 mil policiais a mais em Paris e 80 mil em todo o país para
garantir a segurança das áreas reservadas para os torcedores.
O principal
receio era a repetição de ataques terroristas como os cometidos em nome dos
grupos extremistas Al-Qaeda e Estado Islâmico entre 2015 e 2016. No último
deles, em 14 de julho de 2016, em Nice, 86 pessoas morreram e 458 ficaram
feridas, sendo que várias delas foram vítimas de um motorista de caminhão que
atropelou pessoas durante a festa nacional.
Fonte: Correio da Bahia.