SEITA EVANGÉLICA QUE ESCRAVIZAVA FIÉIS É ALVO DE OPERAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL

Local onde a seita usava.
Seita investigada pela Polícia Federal prometia proteção contra a "besta" no apocalipse. Responsáveis serão autuados pelos crimes de redução de pessoas a condição análoga à de escravo, tráfico de pessoas, estelionato, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

A promessa de proteção contra a “besta” no dia do apocalipse era o principal argumento com que líderes da seita religiosa conhecida como Comunidade Evangélica Jesus, a Verdade que Marca atraía fiéis, que eram submetidos a longas jornadas de trabalho, sem remuneração.
A comunidade foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) realizada em Minas GeraisSão Paulo e Bahia, em conjunto com o Ministério do Trabalho, para apurar os crimes de redução de pessoas a condição análoga à de escravo, tráfico de pessoas, estelionato, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, que podem levar a até 42 anos de prisão. Ao menos 13 pessoas foram detidas.
Essa é a terceira vez que a seita é alvo de operação. As investigações apontaram que os líderes já estavam expandindo a seita para outros locais. Ontem, foram cumpridos 22 mandados de prisão preventiva e 42 de busca e apreensão nos três estados. Em Minas Gerais, a ação ocorreu em Pouso Alegre, Minduri, São Vicente de Minas, e Poços de Caldas. Os agentes interditaram estabelecimentos comerciais nas cidades.
As investigações apontaram que os fiéis eram atraídos em uma igreja de São Paulo e levados para as comunidades, onde eram submetidos a trabalho escravo. Também prestavam serviços em diferentes comércios ligados a seita.
Eles captavam fiéis, que posteriormente se transformam em trabalhadores fiéis e traziam para o Sul de Minas, Bahia e Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde eram colocados em casas comunitárias e estabelecimentos comerciais dos mais variados. Vão desde a pastelaria até a oficina mecânica, além de fazendas onde há produção de frutas e verduras, sem que recebam um centavo pelo trabalho”, explicou o delegado Alexsander de Castro, um dos responsáveis pelo caso.
Os líderes da seita utilizavam a religião para atrair os fiéis. “A promessa é que a besta está vindo e que dentro das comunidades não iria alcançá-los no dia do apocalipse e no juízo final. É sempre um argumento religioso. É um processo de lavagem cerebral que dá muita pena nas pessoas. Eles realmente acreditam que se saírem dali o governo colocará um chip na cabeça deles. Na tevê deles, chamam os agentes estatais de objeto do demônio”, disse o delegado.
Os alvos da operação eram os líderes da quadrilha. “São 22 que classificamos como líder da seita. O pastor, que é o grande líder, seus dois principais assessores em São Paulo, que estão presos, e todos que coordenam as atividades nas diversas cidades em que estão atuando”, afirmou o delegado. As investigações apontaram que o grupo estava ampliando as atividades no Sul de Minas, Região Metropolitana de Belo Horizonte e na Região Central da Bahia, com a compra de grandes terrenos. “Há indicativos de que estavam prospectando grandes terrenos em Tocantins”, comentou Castro.
As investigações tiveram início em 2011, quando a seita migrava as atividades de São Paulo para Minas Gerais. Dois anos depois, foi deflagrada a operação Canaã, em que as propriedades rurais e empresas foram inspecionadas. Em 2015, a segunda fase da ação, chamada de “De volta para Canaã”, terminou com a prisão de cinco dos líderes da seita.



O amor é uma canção louca que te embriaga. Que te faz confusão. Que adentra seu ser e nas profundezas te bagunça todo. O amor é um canto gritando bem alto dentro de si mesmo e sai pelas ruas louvando a felicidade da amada. O amor é uma fera dentro de si mesmo, que enraivece com as tardes tristes, com as despedidas... O amor é mesmo um desacato, que não pede permissão, que vem, que chega e que muda tudo pra pior pra depois ser melhor.  

Fonte: Brasil de Fato.

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