A RELIGIÃO E OS IMPOPULARES QUE SE APROPRIAM PARA SE APARECER..



Por Joabes Rodrigues

A separação entre a Igreja e o Estado é um dos princípios do Estado brasileiro e, na verdade, do moderno Estado de Direito. Embora em um primeiro instante pareça que ele refere-se apenas à impossibilidade de o Estado não professar nenhuma fé, ele tem outras aplicações.


O Estado não pode beneficiar as diversas fés, sejam elas do caráter que forem. Não importa se os governantes são católicos, pro-testantes, budistas, ateus, agnósticos, comunistas, livre-pensadores; também não importa se os governantes querem satisfazer uma demanda de um grupo específico (por mais numeroso que ele possa ser). 

Assim, por exemplo, o apoio do Estado a festivais religiosos é errado e, na verdade, é ilegal, na medida em que, no Brasil, é inconstitucional. 
Há 116 anos, essa conquista foi promulgada, a separação do estado e a Igreja.

Domingo (21) em Itarantim se comemorou o dia municipal dos evangélicos, uma data já tradicional na cidade pela comunidade evangélica. Diga-se de passagem muito bem organizada...ops, seria muito bem, é seria, caso não fosse a forte interferência do poder publico junto a festa. O que vimos foi um show do locutor (o esperto locutor) que é funcionário da prefeitura e que a todo momento citava prefeito, vice, secretários e por ai vai... um verdadeiro palco político montado. Faltou apenas o prefeito fazer discurso.

Segundo alguns, até mesmo o nome de Antonio Gusmão que foi um dos patrocinador, o esperto locutor na hora de falar, citava apenas Antonio. Porque Antonio Gusmão é pai de Fabio Gusmão opositor derrotado na eleição passada. 

Completando tudo isso, uma cena me chamou atenção, que me perdoe meus amigos evangélicos e pastores da cidade, amigos que primo muito e sei da idoneidade de alguns, outros são picaretas. Mas a referida cena foi uma quebra total de um estado laico, onde o prefeito se ajoelha e todos os pastores fazem uma oração sobre sua cabeça.
  
Hora, nada contra, é até bom mesmo para ver se o prefeito toma rumo e o Espirito Santo lhe dê direcionamento nas coisas da cidade que anda de mau-a-pior. Mas quem esteve lá viu e ficou claro, que foi um palco politico montado dentro de uma celebração evangélica que aqui em Itarantim  se concretizou como força e respeitada por cristãos evangélicos que sabem separar as coisas. Lamentável.

Em fim, seria uma estrategia politica, do atual prefeito que anda com a popularidade baixa e se apossam dos cultos e celebrações (porque lotam de fieis) para alavancar sua baixa popularidade? Como dizem por ai, vou perguntar lá no posto Ipiranga.



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