EX-PREFEITA DE MAIQUINIQUE, NA BA, É APONTADA PELA PF COMO RESPONSÁVEL POR ESQUEMA DE DESVIO DE R$ 1,5 MILHÃO


A ex-prefeita do município de Maiquinique, no sudoeste da Bahia, Maria Aparecida Lacerda Campos, foi apontada como responsável pela inexecução de contratos firmados com o Ministério das Cidades pela Polícia Federal de Vitória da Conquista, durante as ações da Operação Ciranda de Pedra, deflagrada nesta terça-feira (24), em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU). O G1 não conseguiu contato com a ex-prefeita.
A ação, que tem como objetivo combater crimes de desvio de recursos públicos destinados a área da infraestrutura na cidade nos anos de 2012 a 2017, apontou que a ex-gestora era responsável pela fraude que consistia, ainda, na execução parcial dos objetos dos convênios firmados com o Ministério das Cidades, pagamento por serviços não realizados e repasse de valores a funcionários públicos municipais ou pessoas a eles relacionadas.
A prefeitura, sob a gestão de Maria Aparecida, obteve contratos da ordem de R$ 3.428.183,03, dos quais R$ 1.587.619,76 está estimado como o valor do desvio com ordem de bloqueio judicial.
Além dos serviços não executados ou parcialmente executados, a investigação aponta que um grupo de quatro empresas fazia revezamento nas licitações e parte dos recursos era destinada a pagamentos de parentes e pessoas ligadas à administração municipal.
Ainda conforme as investigações, algumas dessas empresas, vencedoras de licitações recorrentes, serviam apenas de "fachada" e eram compostas por sócios "laranjas".
Os envolvidos responderão pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, desvio de recursos públicos e fraude à licitação.
Operação:
A Operação Ciranda de Pedra foi deflagrada, também, em outras sete cidades da Bahia. Vinte mandados de busca e apreensão e 13 mandados de intimação foram cumpridos nos municípios de Macarani, Itapetinga, Itamaraju, Teixeira de Freitas, Jequié, Mirante e Vitória da Conquista. Os intimados estão sendo ouvidos e liberados, segundo informou a PF.
Ainda de acordo com a PF, o título "Ciranda de Pedra" traduz uma fonte de múltiplos significados. No entanto, a "ciranda" da obra de Lygia Fagundes Teles é formada por pedras, simbolicamente representando a sua dureza, a desintegração, o fechamento entre os participantes e a não aceitação de novos membros.

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