Ontem quinta-feira (29), os católicos no mundo
inteiro iniciaram a celebração do Tríduo Pascal, ou seja, o período de tempo que
vai da tarde de quinta-feira Santa até a manhã do Domingo de Páscoa.
São João Paulo II, ainda papa
escreveu na carta aos sacerdotes, por ocasião da Quinta-feira Santa, de 1999,
“o Triduum Sacrum, os dias santos por
excelência, durante os quais misteriosamente participamos no regresso de Cristo
ao Pai, por meio da Sua Paixão, Morte e Ressurreição. De fato, a fé garante-nos
que essa passagem de Cristo ao Pai, ou seja, a Sua Páscoa, não é um
acontecimento que diga respeito só a Ele; também nós somos chamados a tomar
parte nela: a Sua Páscoa é a nossa Páscoa”.
O bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA)
e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Armando Bucciol, explica que o Tríduo
Pascal envolve três momentos em uma única celebração.
Quinta-feira Santa
“Começamos com a celebração da Ceia Pascal,
na quinta-feira à noite, em que nós fazemos memória da grande ceia da
despedida, que começa, segundo o evangelista João, com o gesto do lava-pés.
Cristo manifesta sua disponibilidade a amar até o fim, ele se considera o servo
da humanidade”.
Sexta-feira da Paixão
“Depois da Ceia Pascal, com a celebração da
Eucaristia, memória viva do maior mistério do amor de Deus, do sacrifício de
Cristo até as últimas consequências, eis que, na sexta-feira, nós celebramos
este rito sóbrio de uma intensíssima espiritualidade da morte do Senhor.
Naquele dia, a Igreja não tem a celebração da eucaristia, mas convida seus
fiéis a olhar, a contemplar o crucificado, Cristo que morre na Cruz. Ele nos
amou até doar a última gota do seu sangue”.
Sábado Santo
“Depois do silêncio do Sábado Santo, em que
a Igreja medita e reflete Cristo morto, eis que chegamos à noite da Vigília
Pascal, em que celebramos a vitória de Cristo sobre a morte, a morte foi
vencida e a Igreja vibra e renova a sua fé, a sua esperança numa plenitude
vivida de realização que Cristo já semeou, plantou na terra e que nos fins dos
tempos se realizará plenamente. A Vigília Pascal conclui o tríduo”.
“É interessante observar que o
sinal da Cruz se faz começando a Eucaristia na quinta-feira e repetimos com
bênção final na celebração da Vigília Pascal e, através desse simbolismo
litúrgico expressamos essa unidade dos três momentos celebrativos que
caracterizam esse tríduo sacro”, ressalta dom Armando
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