Pelo menos 207 ativistas ambientais foram
mortos em 2017, segundo levantamento divulgado pela organização internacional
Global Witness. Foi o ano com mais mortes desde que o estudo começou a ser
feito, em 2002. O Brasil lidera, segundo a ONG, com 57 mortes. No ano anterior,
haviam sido 49, pelo mesmo cálculo.
A
organização mapeia mortes de defensores da terra e do ambiente no mundo e
observa aumento desses crimes em países em desenvolvimento que ainda mantêm
porções significativas de recursos naturais. Os casos compilados são de líderes
indígenas, ativistas comunitários e ambientalistas.
Chama
a atenção no País, segundo o relatório, o fato de que cerca de metade das
mortes registradas foi em três chacinas – 25 óbitos. A primeira é de 19 de
abril, quando nove sem-terra foram mortos em Colniza (MT).
Em
24 de maio, dez pessoas foram mortas por policiais militares e civis em ação
contra ocupação em uma fazenda em Pau D’Arco (PA). A terceira chacina citada
foi em 7 de agosto, quando seis pessoas foram achadas mortas na comunidade
quilombola Iuna, em Lençóis (BA).
Segundo
a Global Witness, o País tem sido o “mais perigoso para defensores da terra ou
do meio ambiente na última década, com média de 42 mortes por ano desde 2012”.
Ainda de acordo com a ONG, o governo federal tem cortado verba de órgãos de
proteção indígena e de regularização de terras e flexibilizado a conservação
ambiental.
Governo
A
reportagem procurou nesta segunda-feira, 23, o Planalto, além dos Ministérios
de Direitos Humanos (MDH), Meio Ambiente e a Funai. O MDH informou que espera a
divulgação do relatório e vai, juntamente com outros órgãos do governo federal,
“promover uma articulação para analisá-lo com a atenção e avaliar suas
conclusões”. As informações são do jornal O
Estado de S. Paulo.
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