Foto: Joabes, ensaio, foto/documental, quilombo. |
No Brasil, a Lei nº 12.987/2014 foi
sancionado pela presidenta Dilma Rousseff, como o Dia Nacional de Tereza
de Benguela e da Mulher Negra
Apesar de
corresponder a 53% dos brasileiros, a população negra ainda luta para eliminar
desigualdades e discriminações. São cerca de 97 milhões de pessoas e, mesmo
sendo a maioria, está sub-representada no Legislativo, Executivo, Judiciário,
na mídia e em outras esferas. Em se tratando do gênero, o abismo é ainda maior.
Apesar da baixa representatividade de mulheres negras na política e em cargos
de poder e de decisão, cada ascensão deve ser comemorada como reconhecimento.
Para a
presidenta da Fundação Cultural Palmares (FCP-MinC), Cida Abreu, o Brasil ainda
se revela racista. As demandas do movimento social negro passaram a fazer parte
da agenda política, a partir do governo do ex-presidente Lula. O Estatuto da
Igualdade Racial (Lei 12.288/2010) serviu de base para a elaboração do PPA. Tem
sido a referência para as cotas nos concursos públicos e nas universidades,
como um dos caminhos, a se percorrer para reduzir e reparar essas
desigualdades, reforçou.
Feminismo
Negro
A partir de
1992, em Santo Domingo, na República Dominicana, com a realização do 1º
Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, criação da Rede
de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas e a definição do 25 de
julho como Dia da Mulher Afro-latino-americana e Caribenha.
A data
A Lei nº
12.987/2014, foi sancionado pela presidenta Dilma Rousseff, como o Dia Nacional
de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela foi uma líder
quilombola, viveu durante o século 18. Com a morte do companheiro, Tereza se
tornou a rainha do quilombo e, sob sua liderança, a comunidade negra e indígena
resistiu à escravidão por duas décadas, sobrevivendo até 1770, quando o
quilombo foi destruído pelas forças de Luiz Pinto de Souza Coutinho e a
população (79 negros e 30 índios) foi morta ou aprisionada.
Homenageadas
Assim como
Tereza, outras mulheres foram e são importantes para a nossa história. Com
trabalhos impecáveis e perseverança, elas deixaram um legado, que cabe a nós
reverenciarmos e visibilizarmos a emancipação das mulheres negras, como forma
de homenagear: Antonieta de Barros, Aqualtune, Theodosina Rosário Ribeiro,
Benedita da Silva, Jurema Batista, Leci Brandão, Chiquinha Gonzaga, Ruth de
Souza, Elisa Lucinda, Conceição Evaristo, Maria Filipa, Maria Conceição Nazaré
(Mãe Menininha de Gantois), Luiza Mahin, Lélia Gonzalez, Dandara, Carolina
Maria de Jesus, Elza Soares, Mãe Stella de Oxóssi, entre tantas outras.
Por Fabiana Yuka, do Palmares
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